Bem-vindos! Pais, professores e estudantes da Educação Infantil e Anos Iniciais têm uma ferramenta diferenciada de comunicação no La Salle. É o blog "Tô Plugado", com espaços de interação para troca de ideias, postagem de fotos, comentários, sugestões bibliográficas, propostas de atividades e links para jogos educativos online.
Olá Estudantes, Pais e Professores do La Salle Medianeira!
Desde
2007 a direção do La Salle Medianeira faz investimentos mensais para a
ampliação do acervo da Biblioteca. A partir de hoje estaremos
divulgando, no "Tô Plugado", algumas novidades que semanalmente incrementam o acervo da Biblioteca La Salle. Vale a pena dar uma espiadinha no Blog da Biblioteca La Salle e conferir os livros para crianças que chegaram esta semana.
Com o objetivo de
avaliar e qualificar a atividade educativa, a Rede La Salle desenvolve anualmente
um PROGRAMA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL (PROAVI). Trata-se de uma pesquisa de
satisfação, que é respondida por estudantes dos Anos Finais do Ensino Fundamental
e do Ensino Médio, por familiares de todos os níveis de ensino e por todos os professores
e serviços técnico-administrativos dos colégios lassalistas. No La Salle Medianeira o PROAVI será
realizado de 10 a 30 de setembro. A pesquisa é
realizada via internet.
Contamos com a participação de todos no PROAVI 2010.
Saiba mais
OPrograma de Avaliação Institucional - PROAVI
Educação Básica é desenvolvidopela Província Lassalista de Porto Alegre,
através do Unilasalle Canoas, contemplando pesquisas com pais, alunos,
colaboradores e equipes diretivas das Comunidades Educativas Lassalistas. O
PROAVI objetiva constituir uma base de informações de caráter avaliativo que
subsidie a Mantenedora e as Escolas de Educação Básica da Província Lassalista
de Porto Alegre, tendo em vista o alcance da excelência acadêmica, qualificação
pedagógica, eficiência administrativa e sustentabilidade financeira, como forma
de consolidar processos de acompanhamento regular, sistemático e continuo de
preservação, atualização e aprimoramento da Missão Educativa.
As informações produzidas pelo Programa serão de
caráter global e específico. Permitirão às Escolas, na perspectiva do trabalho
em rede, por meio de suas Equipes Diretivas, Irmãos e Colaboradores (as)
Lassalistas;
a) Conhecer melhor seus processos;
b) Identificar suas potencialidades;
c) Apontar suas fragilidades;
d) Enfrentar os desafios inerentes à gestão das
Escolas Lassalistas.
Nos primeiros anos de vida a criança
desenvolve um conjunto de habilidades que têm a função de garantir uma
estrutura sólida para a aquisição da linguagem, da coordenação dos movimentos,
localização espacial, mente matemática, da socialização, assim como dos
primeiros conhecimentos sobre a cultura. É também neste período que se
sedimenta o desenvolvimento sócio-afetivo, tão necessário para o processo de
todas as funções, entre elas as cognitivas.
Nesta fase do desenvolvimento da criança
a família um papel preponderante, pois todas as aquisições dependem,
fundamentalmente, das experiências, ou seja, das situações que os pais criam
nos espaços físico, social e emocional para a criança, desde bebê.
Comportamentos como autoconfiança, iniciativa, senso de cooperação, de
responsabilidade são assimilados principalmente pelo modelo daqueles que estão
presentes no dia a dia da criança. É justamente a conduta da família diante das
questões relativas ao ser social que ajudam a formar pessoas emocionalmente
equilibradas para o convívio. Os cuidados dispensados – que devem ser de
facilitação e apoio - são internalizados pela criança e levados para toda a
vida.
Embora as disputas, os conflitos, as diferentes
formas de agressão estejam presentes em nossa sociedade, cabe à família, assim
como à escola (especialmente nos primeiros anos de escolaridade) desenvolver
nas crianças atitudes de convivência pautadas em valores éticos. Uma vez
vivendo este processo, os bons modos e a tolerância estarão à frente de suas
atitudes, e esta criança, certamente, desenvolverá uma sensibilidade maior para
perceber as diferenças e acolhê-las da forma que se manifestam.
A Drª Maria Montessori, primeira médica
italiana, desenvolveu um método de educação que tem como base a formação da
pessoa, diz que “a vida prática e social devem ser profundamente combinadas na
educação”. Remete especial importância às variadas atividades que os ambientes,
familiar e escolar possibilitam, considerando todas as formas de interação da
criança como preparatórias para o desenvolvimento social.
Esta mesma educadora refere-se à
adolescência como sendo o tempo próprio para o trabalho social – seja com
idosos, com crianças, com enfermos..., considerando este tipo de trabalho uma
tarefa importante para ser desempenhada neste estágio de formação pessoal, no
qual as “relações morais” são definidas e marca o início de uma nova vida como
indivíduo moral. Porém, é nos primeiros anos de vida que este processo
tem início, atribuindo-se às atividades vivenciadas nesta fase uma importância
decisiva para o desenvolvimento da criança do ponto de vista moral e físico: em
cada estágio a criança “percebe” de forma diferente as suas relações. E a
primeira infância é um período sensível ao desenvolvimento de atitudes
positivas. E esta é a base da cidadania.
Assim, enquanto constrói a si própria,
a criança constrói a “sua parte” na evolução da espécie humana. Desde as
relações com outras crianças ao tratamento com os animais e com o próprio
ambiente natural, é preciso despertar atitudes de respeito e de
responsabilidade.
Por isso a educação social tem um papel
importante no desenvolvimento infantil e na preparação para a cidadania.
É preciso que a criança seja orientada para desenvolver determinados
aspectos como a autodeterminação nas suas relações, o que dará suporte ao
discernimento e às suas escolhas futuras. Presentes na rotina da família
(e da escola), esses componentes tornam-se instrumentos em potencial para que a
criança, o jovem e até mesmo o adulto, saibam lidar, não só com as diferenças
como também com as adversidades.
Seja no espaço da família, da escola ou
de qualquer outro grupo social, o importante é oportunizar experiências que
promovam a cidadania – o exercício da solidariedade ao conceito de comunidade -
o que fortalece o crescimento pessoal-social da criança. Daí a importância de
os pais estarem atentos aos movimentos que possam significar desenvolvimento
social: eventos escolares, que além do exercício de socialização para toda a
família, reverte-se em modelo social e mais, em valorização da atividade da
escola da criança e/ou dela própria; aniversários de coleguinhas, visitar
parentes, vizinhos, convidar um amiguinho para passar uma tarde, apenas para
ilustrar as mais freqüentes situações que fazem parte do cotidiano das
famílias, muitas vezes negligenciadas em nome do “sem tempo”.
Estas simples práticas auxiliam,
sobremaneira, no desenvolvimento social, e este, por sua vez, contribui para o
equilíbrio emocional. São atitudes e ações que os pais devem promover para
fazer de seus filhos pessoas sensíveis e criativas. Pessoas felizes, cidadãos
da paz!
*Rita Madalena B. S. Ramos - Especialista em Psicologia Social
Educação de
qualidade: importância do envolvimento da família*
Constitui tarefa desgastada pela rotina destacar a importância do
envolvimento dos pais no processo de aprendizagem dos alunos, tanto em escolas
particulares como em escolas públicas. Pesquisas recentes mostram que oito em
cada dez escolas públicas brasileiras consideradas de alta qualidade por seus
resultados no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) apontam o
envolvimento familiar como uma das mais importantes causas de seu sucesso, e
estudos realizados pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) destacam um aumento de
cerca de 20% nas notas dos alunos quando existe proximidade entre escola e
pais. Esses mesmos estudos revelam que cai em 64% o abandono da escola pelos
alunos quando seus pais se fazem presentes nas atividades escolares.
É evidente que o envolvimento pleno dos pais abriga limites que jamais
podem ser ultrapassados. Uma escola, guardando-se as devidas proporções, é como
um centro médico, e se neste não se aceita que não profissionais intervenham, é
também inconcebível que o envolvimento da família possa levá-la a assumir
papéis que somente a profissionais de educação caibam. Mas se é impensável
substituir professores ou gestores pelo apoio da família, sua ajuda é muito
necessária em inúmeras outras atividades.
Relacionamos abaixo uma série de processos desenvolvidos por escolas de
qualidade que, atraindo os pais, faziam, com que eles se sentissem plenamente
justificados para essa convocação.
· Acompanhe de forma assídua o desenvolvimento intelectual e social dos
filhos.
É sempre muito importante para uma criança ou um adolescente que seus
pais mostrem interesse por suas atividades. É sempre expressiva a evolução de
um aluno que se vê cercado de adultos que assistem seu crescimento com
acentuado interesse, aplauso e entusiasmo.
· Estabeleça um horário para estudos com intervalos para descanso.
Nada se compara à eficiência do estudo em casa, que se transforma em
hábito, e o hábito é criado com a persistência de definirem-se local e horário
para estudos, todos os dias. A duração do esforço depende de haver prova
marcada ou não, lição mais fácil e mais difícil, mas a rotina (mesmo aos
sábados e domingos) é imprescindível, não se devendo esquecer que um curto e
agradável intervalo é sempre eficiente.
· Três letras E que não devem faltar: Entusiasmo, Exemplo e Elogio.
A ajuda dos pais deve ser espontânea, alegre e entusiasmada, e é
importante que o aluno perceba que os pais o ajudam com prazer. O entusiasmo é
essencial, assim como o elogio sincero e o exemplo de dedicação, esforço e
empenho.
· Identifique as dificuldades de seu filho e não brigue por causa erros
cometidos.
Ao perceber que os filhos mostram dificuldades, não hesite em buscar
ajuda na escola, solicitando linhas de procedimento. Saiba que “errar” faz
parte do bem aprender, por isso jamais brigue com a criança por erros
cometidos. Mesmo que tenham sido provocados por falta de atenção ou empenho,
advirta-a com firmeza e serenidade, com paciência e doçura.
· Ajude os professores no estabelecimento de limites e na firmeza e
coerência com que filhos e alunos assumem e compreendem o “não”.
O verdadeiro sentido da afetividade é inspirar segurança e desenvolver
capacidades para a superação de desafios. Nesse sentido, o papel da escola e da
família é cobrar coerência – e rigor, se necessário – no cumprimento de normas,
princípios e regras.
· Gaste alguns minutos por dia com diálogo, permitindo que a criança
compartilhe informações sobre como foi o dia dela na escola.
Pergunte à criança o que ela aprendeu, levando-a a falar de seus
professores e de suas atividades. Pergunte sempre sobre seus amigos.
· Mostre interesse constante pelas lições e tarefas de seus filhos.
Peça para ver seus livros e cadernos, não com o intuito de “fiscalizar”
seus trabalhos, mas para mostrar interesse pelo que faz, para aplaudir seus
desenhos e suas tarefas. Saiba fazer-se aluno dos filhos e, assim, mostre
interesse e curiosidade, buscando explicações.
· Com paciência e perseverança, assista a uma aula ministrada pela
criança, pelo menos uma vez a cada semana.
Invente uma brincadeira de faz de conta em que o adulto é o aluno e a
criança o professor e assista a uma “aula de mentirinha” sobre qualquer assunto
que a criança deseje ensinar ou sobre temas nos quais ela mostrou firmeza.
· Interesse-se em conhecer as brincadeiras preferidas de seu filho e,
quando possível, brinque com a criança como ela o faz com seus amigos.
Nunca assuma o comando da brincadeira; deixe que a criança faça as
regras e seja árbitro de sua participação.
· Lembre sempre de solicitar à criança que explique duas vezes a mesma
coisa, mudando na segunda explicação as palavras empregadas na primeira.
Essa atividade não apenas estimula a ampliação do vocabulário, como
também sugere desafios para formas diferentes de pensar.
· Evite ensinar para a criança tudo quanto ela pode aprender sozinha.
Mesmo conhecendo o assunto, em vez de apresentar respostas, anime-a a
consultar um dicionário, ajude-a a fazer pesquisas em livros ou na Internet.
· Saiba se fazer um ouvinte atento e paciente.
Duas ou três vezes em cada semana, peça à criança que leia algum parágrafo
de um de seus livros para você. Após essa leitura, faça perguntas sobre o
texto, proponha desafios, sugira que ela o explique usando palavras diferentes.
· Cuide para que a criança aprenda a conservar seu material escolar.
Nunca esqueça de elogiar uma lição bem feita, um caderno ou um livro bem
cuidado, um estojo arrumado e em ordem, e sempre guardado após seu uso. Não
guarde nada para a criança, acompanhe-a em sua tarefa de guardar.
É evidente que esses procedimentos foram relacionados não para serem
assumidos integralmente, mas sim como ideias e sugestões que necessitam
ajustar-se e adaptar-se à realidade de cada escola e ao ambiente social de cada
família. Como inúmeras outras vezes se destacou, uma escola de
qualidade não se constrói com gesto de magia, mas com um lento caminhar passo a
passo. O envolvimento familiar pleno é, indiscutivelmente, um desses passos
mais importantes.